segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ciborgue

O Ciborgue surgiu pela necessidade do ser humano em aperfeiçoar funções biológicas artificialmente. Alguns defendem que a utilização de um suplemento artificial como perna mecânica, marca-passo, obturação e outros, seja ciborgue.
De certa forma o ciborgue se tornou uma extenção do corpo humano que veio para melhorar a vida e não tornar-se indispensável a ela.
Para alguns autores somos ciborgues quando fazemos uso de meios que possuem as mesmas características do corpo humano de forma a substituí-los.
Segundo a revista eletrônica Ghrebh em entrevista recente a Hari Kunzru, Donna Haraway defende que hoje somos todos ciborgues. A razão para tal afirmativa é que a vida atual implica uma relação tão estreita entre as pessoas e a tecnologia que não é mais possível distinguir onde termina o humano e começa a técnica (SILVA, 2000, p. 25). Para Haraway, ser ciborgue tem a ver com o corpo pensado como máquina de alta performance e com o humano entendido como um ser que habita redes. A intervenção técnica, que antes objetivava eliminar doenças e trazer o corpo de volta à sua normalidade, hoje visa a aprimorar as condições e o desempenho "normal" o corpo. O ciborgue refere-se à idéia de humano que se percebe profundamente conectado às outras pessoas, aos objetos e ao ambiente em que vive. Não como pessoas educadas a se pensarem como "seres que existem no interior de suas cabeças, como seres que apenas secundariamente entram em contato com o resto do mundo" (SILVA, 2000, p. 30)
Através destas idéias concluimos que a partir do momento que a tecnologia se torna indispensável e intervém no nosso meio de vida, nos tornamos ciborgues.

Avatar

Avatar é uma segunda personalidade que pode ser temporária. São características assumidas pelas pessoas a todo tempo. Ao transformarmos em um Avatar nos projetamos em algo que desejamos ser.
Quando assumimos uma personalidade fazemos uma representação desta, como por exemplo um filme, teatro ou novela onde os atores incorporam seus personagens. Podemos citar também os reality shows como o BBB, onde os integrantes da casa contém características próprias, mas não deixam de representar algo que não são.
Podemos nos tornar um Avatar a qualquer momento. Basta nos projetar em algo que cobiçamos ser, transformando nossa identidade por determinados momentos. O agenciamento ocorre quando começo a sentir as sensações que o avatar me proporciona. Acontece quando a sensação do avatar se exterioriza.

O avatar é um caminho que nos leva a imergir. Ocorre a imersão quando entramos e mergulhamos nesse ciberespaço. Ao receber um email de alguém muito querido que tremine com "beijos e abraços", nos sentimos abraçados e beijados. Isso acontece porque estamos imergidos. Se tivessemos dispersos não sentiríamos tal sensação.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ciberespaço

O ciberespaço é um universo das redes digitais. É uma dimensão da sociedade em rede. É um espaço que não é físico. O mundo interconectado e tomado pelas mídias eletrônicas. Cada um conectado forma toda a rede. É a comunicação digitalizável coberta de informação, agilidade, interação, comodidade e inovação.
"Atualmente, Ciberespaço e Internet se tornaram sinônimos, o motivo é muito simples: é especialmente na rede que grande parte das características do Ciberespaço se manifestam. Se tornam quase uma coisa só ou a mesma coisa. É na Internet que torna-se mais visíveis os fluxos informacionais que acontecem pelo mundo, destituídos de fronteiras e independentes de posições geográficas. Embora a Internet seja sua maior representante até agora, o Ciberespaço independe da rede para existir: uma prova disso é que muito antes do advento comercial da rede, já em 1984, o livro Neouromancer de Willian Gibson, trazia consigo o termo "ciberespaço" (ou cyberspace). Assim, a trama informacional construída pelo entrelaçamento de meios de telecomunicação e informática, tanto digitais como analógicos, em escala global ou regional, como telefones convencionais, telefones celulares, rádio, televisão; infraestrutura de cabos de cobre, fibras óticas, ondas de rádio ou satélite, organizados em redes locais, globais, tendo seus terminais de comunicação ou suas informações gerenciadas por computadores, forma o Ciberespaço" (Duarte, s/d).
Matéria publicada no site www.universia.com.br no artigo de Fábio Oliveira Nunes que é professor universitário de computação gráfica e webdesigner e doutorando em Artes pela USP.